Há 12 anos, quando chegou a Portugal e procurava trabalho, recebeu recusas para as quais a justificação foi “Não, porque é brasileira.”
Tânia conheceu uma congénere com que começou a trabalhar e a aprender a gestão de um cabeleireiro e o seu sonho encaminhou-se, estando hoje a gerir o salão “Brasil”. “Agora tenho a minha vida estabelecida aqui. Formei família, tenho meus filhos crescidos na escola, já não querem voltar…”
Aos poucos “a gente vai tomando namoro aqui”. Casou-se com um português, e em casa a presença das duas nacionalidades nota-se, por exemplo, na comida: “Eu cozinho pratos brasileiros e o meu marido pratos portugueses. As crianças gostam desse cruzamento, dá aconchego.”