Datada dos anos 1950-1960, resta-lhe hoje um nome a tinta azul que teima em não escamar do muro frontal.
A segunda metade do século XIX traz fortes investimentos de capitais estrangeiros, sobretudo de origem inglesa, para a indústria corticeira. As firmas conduziam todo o processo, desde a gestão dos montados de sobreiros com a exploração da cortiça até à exportação. Umas especializaram-se na preparação da cortiça em prancha, outras na produção de rolhas, quadros, discos, aglomerados. Para além das grandes fábricas, a Cova da Piedade albergou inúmeras pequenas oficinas corticeiras, algumas constituídas por antigos operários ou encarregados das firmas maiores.
Os operários corticeiros da Cova da Piedade são lembrados pela forte consciência de classe, atores de relevo em lutas laborais e na defesa dos interesses do sector.