Autopista Meta – Costa da Caparica

Entre os vários ofícios que lhe preencheram a vida, José Santos esteve na decoradora almadense por doze anos e sete na companhia naval de pesca. Pode gabar-se de alguns feitos que se iniciaram por terras almadenses pelas suas mãos: foi a primeira pessoa a vender caracóis; esteve na frente da mercearia que vendeu os primeiros artigos de Carnaval das redondezas; preparou o primeiro presépio apresentado numa montra.

Corria o ano de 1967 quando José Santos passou pela Costa e a casa de jogos lhe despertou a curiosidade, entrando para ver. Chamaram-no mais tarde para lá pôr matraquilhos e uma máquina de música. E assim foi o princípio. O espaço atual da Autopista estava na altura dividido a metade, de um lado era um restaurante que servia bem e sua cozinha, do outro chamavam-lhe “o casino”, com quatro pistas de minicarros, um palco para tocar música e diante dele a zona de baile.

Mesmo quando a casa de jogos passou a ocupar todo o espaço, José Santos recorda “Era um ambiente bonito. Ao redor só casitas de rés-do-chão, com vista ampla, esplanadas cheias de gente e pessoas bem vestidas. Muita gente entrava nesta casa, famílias inteiras, e muito bem apresentados, quase de fato comprido. Não havia jogos de computador na altura…Eu fazia como as formigas, amealhava no Verão para comer no Inverno.” A labuta ainda se mantém. Ele tenta que se mantenha. Está com 92 anos.