“Não me lembro de grande coisa quando cheguei a Almada. Fui para o Laranjeiro (meteram-nos lá), disseram-nos «Vão ficar aqui». Do que me lembro é das pulgas. Pulgas e mais pulgas.”
“Trabalhei na feira dos ciganos do Feijó. Gostei muito. Ganhei bem. «Carrega estas caixas, toma cinco euros; descarrega estas, toma outros cinco…»
Depois conheci o doutor, o patrão do Koi Park, e ele chamou-me para vir trabalhar para cá. Tem sido muito bom para mim, gosto disto. E tenho a minha casinha aqui perto, no tempo livre construí um galinheiro e uma coelheira, crio os animais, cuido da minha horta e das flores… Agora vou a casa da minha filha falar pelo skype com a minha mulher que ainda está na Moldávia. Depois venho regar, fazer o jantar, ver a televisão…ainda vou é cortar um carro de mão de palha para os coelhos…”